Bancários de todo o país deflagraram manifestações em frente a agências e centros administrativos do Santander desde a madrugada desta terça-feira 30 contra o avanço da terceirização promovido pelo banco espanhol, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio conglomerado.
“A categoria bancária é organizada de forma unificada em âmbito nacional, o que resulta em mais condições e mais força frente aos bancos na luta pela manutenção e ampliação de direitos. Mas por meio da criação de empresas sob o comando do Santander, e com a transferência de bancários para essas empresas, o banco pretende dividir os trabalhadores em categorias diferentes com a clara intenção de enfraquecer sua organização, afirma a dirigente sindical e bancária do Santander Ana Marta Lima.
Apesar de alcançar lucros elevadíssimos e cada vez maiores no Brasil, mesmo em meio à crise causada pela pandemia, o Santander não diminuiu a cobrança por metas, mas vem criando manobras para reduzir direitos e salários dos trabalhadores, na busca pela obtenção de lucros ainda maiores.
A mais nova invenção do banco espanhol, que já e réu pela prática de terceirização fraudulenta, é a criação de empresas para reposicionar seus funcionários das áreas de tecnologia da informação, call center e comercial.
A representação dos trabalhadores encaminhou uma carta ao Santander expondo a situação e, mais uma vez, solicitando negociação. O banco protela a resposta.
O documento ressalta que “o caminho do diálogo e da negociação devem ser perseguidos como premissa de civilidade e como cumprimento aos dispositivos legais no âmbito nacional e internacional”.
Destaca ainda o amplo histórico de negociações entre o movimento sindical bancário e o Santander, “trajetória esta que em tempos passados possibilitou autocomposição entre trabalhador e empresa, com ganhos significativos para todos os envolvidos. E é este caminho que propomos trilhar, razão pela qual reiteramos nossa reivindicação para que o Banco nos indique data de negociação para este tema, com a máxima urgência”.
A carta finaliza solicitando que a transferência de bancários para a F1RST, em janeiro de 2022, seja suspensa, para que haja tempo hábil de negociação.
Fonte: Seeb/SP
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