DC01-SAO PAULO - SP - BRASIL - 12/07/2012 DIVIDAS NO CARTAO DE CREDITO - ESPECIAL DOMINICAL - ECONOMIA . Divida com o cartão de crédito aumenta entre os consumidores no Brasil. Foto: Thiago Teixeira/AE
O governo e o setor financeiro discutem uma série de alternativas para equacionar os altos juros do crédito rotativo, e uma delas envolve o fim da modalidade na prática. Outras ideias incluem desincentivar o parcelamento sem juros, seja através de tarifas mais altas aos comerciantes, seja com preços diferentes em vendas no cartão para pagamentos à vista ou parcelados, de acordo com fontes consultadas pelo Estadão/Broadcast sob a condição de anonimato.
O assunto vem sendo discutido em grupo de trabalho criado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com o Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC), anunciado em abril. Inicialmente, chegou-se a falar em um teto para os juros no rotativo, mas a ideia foi descartada após o setor explicar os prejuízos para a cadeia de cartões. Ao Estadão/Broadcast, o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, disse na segunda-feira que não há definições a respeito do rotativo.
Segundo uma fonte do setor, a proposta de “acabar” com o rotativo foi levada pelos bancos e não foi rechaçada pela Fazenda, que vinha rebatendo outras soluções para tentar compensar uma redução nos juros do rotativo, como quer o governo. Dentre as outras opções, estão cobranças de taxas fixas no parcelado sem juros e a elevação da tarifa de intercâmbio. ( Fonte: Feeb-SC).