A exemplo do que tem ocorrido nos últimos anos, aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima de um salário mínimo não devem ter aumento real nos benefícios. A correção para 2025 será apenas pela inflação, medida pela variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024. O percentual será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10).
O reajuste para esses beneficiários será menor do que o aplicado para quem recebe o piso nacional, que aumentou 7,5%, elevando o valor para R$ 1.518. Isso acontece porque o piso previdenciário segue o reajuste do salário mínimo, que pela regra atual, além de considerar a variação do INPC acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, soma o percentual à variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes —limitado a 2,5% ao ano.
Quem recebe o piso só teve reajuste menor do que o de quem recebe acima do salário mínimo nos anos de 2017, 2018 e 2021.
Essa política de reajuste aproxima, ano a ano, os aposentados que contribuíram acima do piso e por isso ganham mais de um salário dos beneficiários que recebem o piso. Especialistas ouvidos pela Folha preveem que, em alguns anos, os que recebem entre um e dois salários de aposentadoria devem ganhar apenas o mínimo.
Hoje, dos 40,7 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais pagos mensalmente pelo INSS, 70% são no valor de até um salário mínimo. Os que ganham acima do piso nacional somam 12,2 milhões de beneficiários. O teto previdenciário integral (R$ 7.786,01 em 2024) é pago para 10,6 mil pessoas. (Fonte: Tribuna online).