

Durante o Congresso Europeu de Cardiologia, realizado no Reino Unido em agosto de 2024, uma notícia chamou atenção do mundo médico. A tradicional pressão “12 por 8”, antes considerada sinônimo de normalidade, já não é mais vista dessa forma. Segundo os pesquisadores, esse nível passa, agora, a classificar-se como pré-hipertensão, o que indica a necessidade de cuidados preventivos.
Seguindo a mesma linha, o Brasil atualizou suas recomendações em setembro de 2025 com o lançamento da Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Hipertensão. De acordo com o documento, a pressão considerada “normal” deve ser menor que 12 por 8.
O objetivo da mudança é claro: identificar precocemente indivíduos em risco e incentivar intervenções mais proativas e não medicamentosas no intuito de prevenir a progressão do quadro de hipertensão dos pacientes.
Uma tendência mundial
A reavaliação dos parâmetros de pressão arterial não é exatamente nova. Em 2018, o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração já haviam revisado suas diretrizes, definindo como normal a pressão inferior a 120/80 mmHg. A mudança teve um grande impacto: nos Estados Unidos, o número de pessoas diagnosticadas com hipertensão saltou de 32% para 46% da população. Agora, tanto a diretriz europeia quanto a brasileira seguem essa lógica, redefinindo o que é considerado saudável para permitir um diagnóstico mais precoce e ampliar as chances de prevenção.
Fonte: Terra
Notícias: FEEB-SC
