A Polícia Federal apura um suposto esquema de fraude na distribuição de cestas básicas durante a pandemia de covid-19, no Tocantins, que movimentou cerca de R$ 38 milhões em contratos. A investigação atinge diretamente o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), além de familiares e assessores, e também envolve a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre, ligada ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra).
Segundo decisão sigilosa do ministro Mauro Campbell, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), divulgada pelo UOL, a cooperativa teria fechado contrato de R$ 3,7 milhões com o governo estadual, mas não entregou nenhuma cesta básica. As notas fiscais e documentos teriam sido emitidos apenas formalmente, sem envio de alimentos do Rio Grande do Sul ao Tocantins.
Tocantins.
“Foram reunidos fortíssimos indícios de que a cooperativa apenas participou formalmente das contratações, sem enviar concretamente qualquer alimento”, destacou Campbell em sua decisão.
De acordo com a PF, servidores públicos e suspeitos ligados ao governo estadual direcionaram o processo de compra. Mensagens de WhatsApp revelam que dois investigados teriam usado o nome da cooperativa, em conjunto com dirigentes e um contador, para viabilizar o contrato.
A integração seria tamanha que até o contrato de aluguel de um galpão, onde seria instalada uma filial da cooperativa no Tocantins, foi assinado por um assessor especial do governador. (Fonte: Gazeta do cerrado).