

Agência do Itaú na avenida Tiradentes foi fechada recentemente em Marília (Foto: Google Street View). Fechamento de unidades pode deixar cidades pequenas sem agências nos próximos anos Por Alcyr Netto)
A onda de fechamento de agências bancárias tem se intensificado e deixa diversas cidades da região em situação delicada, algumas correndo o risco de ficarem totalmente desassistidas de serviços presenciais. Em Marília, o cenário também preocupa, com o anúncio de mais uma unidade que encerrará as atividades.
A preocupação é destacada por Edilson Julian, presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e Região. Ele lembra que cidades como Oscar Bressane já ficaram sem nenhuma agência após o fechamento do Santander, único banco presente no município e integrante da base sindical.
Outros exemplos próximos incluem Cafelândia, que perderá as agências do Bradesco e do Santander, restando apenas Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Marília não foge à tendência. A cidade já viu o fechamento de diversas unidades, entre elas agências do Santander, Itaú e Bradesco. A situação se agrava com a confirmação de que a Caixa Econômica Federal fechará a agência da avenida Tiradentes nos próximos meses. Segundo comunicado ao sindicato, o motivo seria a condição do prédio, mas a entidade acredita que a verdadeira razão é a expansão do atendimento digital.
“O fechamento das agências bancárias tem um impacto significativo na população, especialmente para quem tem dificuldade de acesso ao digital, como muitos aposentados. Em casos de bloqueio ou quebra de cartão, essas pessoas precisam se deslocar 50, 60 ou até 70 km em busca de atendimento, muitas vezes sem condições de viajar ou de contar com acompanhante”, afirmou Edilson Julian, presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e Região.
A migração para o ambiente digital também levanta preocupações com a segurança. O número crescente de crimes cibernéticos e golpes pela internet torna mais difícil a resolução de problemas sem uma agência física.
“Em cidades menores, a proximidade com a agência permite um bloqueio rápido de cartão ou conta, algo que se torna extremamente demorado e complicado ao depender apenas do autoatendimento telefônico. O negócio do banco é ganhar dinheiro. Infelizmente, não se preocupam com a população ou com os funcionários”, criticou o sindicalista.
O Sindicato dos Bancários também demonstra preocupação com o destino dos trabalhadores. No caso da Caixa em Marília, há indicação de que os funcionários sejam realocados dentro da cidade. Já em bancos privados, transferências podem gerar transtornos ou até resultar em demissões.
“Acreditamos que novos fechamentos continuarão a ocorrer, inclusive em cidades menores, pois os bancos não dão garantias de que a onda de reestruturações chegou ao fim. Os bancos prestam um serviço essencial, que funcionou inclusive durante a pandemia. O momento é muito difícil e sem previsão de estabilidade”, concluiu Julian. (Fonte: Marilia Notícias)
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