O celular se tornou um prolongamento do corpo humano. Para muitos, é a última coisa tocada antes de dormir e a primeira ao acordar. O problema é que a facilidade de acessar redes sociais, jogos e conteúdos a qualquer momento cobra um preço alto.
O brasileiro passa, em média, mais de nove horas por dia conectado — tempo suficiente para comprometer não apenas a rotina, mas também o funcionamento cerebral.
O excesso de estímulos digitais gera impactos profundos: diminui a concentração, favorece quadros de ansiedade e intensifica a comparação social, que pode levar a sentimentos de inadequação e tristeza. O resultado é um cérebro em constante estado de alerta, sempre à espera da próxima notificação, mas cada vez menos capaz de se desligar para relaxar ou se concentrar em tarefas complexas .
Como os neurônios reagem à pausa digital
Reduzir o tempo de tela não significa abandonar completamente o celular, mas sim estabelecer uma relação mais equilibrada com ele. Quando essa mudança acontece, o cérebro responde de maneira surpreendente.
A primeira semana de “desintoxicação digital” já permite observar ganhos: neurônios envolvidos na atenção conseguem trabalhar com menos interferência, a memória de curto prazo melhora e a sensação de clareza mental se torna mais evidente.
Essa reorganização acontece porque a dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer, deixa de ser acionada em excesso pelas curtidas, mensagens e vídeos curtos . (Fonte: UOL).