

Após a Operação Falso Samaritano em Santa Catarina, aprenda a conferir doações pela Celesc e identificar cobranças não autorizadas
Após a operação “Falso Samaritano”, que revelou o desvio de doações pela fatura de energia da Celesc, muitos consumidores têm buscado informações sobre como agir em caso de cobranças não autorizadas. A Celesc alerta que há caminhos simples para se proteger e recuperar os valores.
A primeira orientação é conferir detalhadamente a fatura de energia. Cobranças de doações aparecem em campo específico, indicando o nome da instituição beneficiada. Caso haja algum valor que o consumidor não reconheça, é sinal de alerta.
Em nota, a Celesc explicou que o cliente deve, inicialmente, acionar a entidade responsável pelo convênio, utilizando o contato informado na própria conta de luz. Outra opção é procurar diretamente a Celesc, seja pelo telefone 0800 048 0120, seja em uma de suas lojas físicas, para solicitar cancelamento, esclarecer dúvidas e acompanhar um eventual estorno.
A investigação que apura o desvio milionário de doações feitas por meio da fatura de energia da Celesc revelou que cerca de 14,6 mil unidades consumidoras foram fraudadas em seis cidades de Santa Catarina. O prejuízo já chega a R$ 10 milhões. Em dois anos e meio, menos da metade dos valores destinados a hospitais e clínicas chegou efetivamente ao destino final. O esquema é o alvo da Operação Falso Samaritano, deflagrada em 5 de setembro pela Polícia Civil.
Segundo o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, o grupo criminoso tinha como base a cidade do Norte catarinense e utilizava a empresa Slaviero Benefits, contratada por ao menos 15 instituições, para intermediar os repasses. O aprimoramento da fraude permitiu que os suspeitos ampliassem a atuação, atingindo entidades em Blumenau e Brusque.
O caso veio à tona após o Hospital Bethesda, de Joinville, perceber inconsistências nos repasses. De acordo com o diretor da instituição, Lúcio Slovinski, muitas pessoas realizavam doações em nome do hospital, mas o valor não constava corretamente na fatura de energia elétrica. A denúncia feita pela entidade deu início às apurações, que já duravam cerca de quatro meses até a operação ser deflagrada.
Três empresários foram presos em Joinville no início de setembro. Entre eles está Slaviero Mario Bunn, dono da Slaviero Benefits Informática Ltda., que intermediava as doações. Também foram investigados o responsável pelo Grupo de Escoteiros Mirins Ronaldo Dutra, e um terceiro suspeito, cujas identidades não foram divulgadas.
As diligências continuam com foco em identificar outros possíveis envolvidos, realizar perícia nos bens apreendidos e rastrear a origem e o destino das quantias desviadas. (Fonte: ND+).
