A integração com o negócio
A Inteligência Artificial dentro do Bradesco não é novidade. A Head contou que, ainda antes de 2015, a IA já era estudada; o que possibilitou o lançamento da BIA em 2016. “A gente tem acurácia de 85% a 90% para respostas para o cliente”, ela compartilha.
Maísa detalhou que a integração e os testes nasceram, primeiramente, com uma parcela do orçamento e integrado às demais áreas de negócio do banco. Com os times mistos, foram levantados os potenciais usos da IA para cada setor e soluções que atendessem às necessidades. “Dos cases que a gente testou, só um deles deu um resultado que não foi legal, que foi o do jurídico, pelas palavras muito específicas; hoje a gente tem usado bem mais”, detalha. Ela conta que, hoje em dia, o uso da IA para desenvolvimento de softwares gerou uma agilidade de 40%.
A executiva conta que, com agentes de IA internos e um universo mais desenvolvido da inteligência artificial do que em 2016, alguns resultados superam os humanos. “A gente montou um grupo pequeno de cientistas de dados super competentes desenvolveram um modelo de risco de crédito. E aí, depois, esse mesmo modelo foi desenvolvido por agentes. O tempo gasto foi de menos de 95%”, ela exemplifica.
O futuro do hiperdesenvolvimento
A Head mostrou-se preocupada com a aceleração do desenvolvimento de IAs, especialmente em agentes. “Como que os agentes vão se comportar para fazer pagamentos, por exemplo? Como que a gente se prepara para que os nossos serviços sejam usados? Que os nossos postos sejam consumidos por agentes?”.
“Daqui a 5 anos, a gente vai estar em um cenário em que nosso dia a dia vai ser muito mais permeado por agentes do que é hoje. Para a gente chegar lá, tem um ponto de segurança que precisa ser reforçado”, alerta.
Maísa acredita que essa segurança nascerá de estudos e pesquisas em Adversarial Machine Learning, uma área voltada à proteção de ataques cibernéticos aos algoritmos de usados nessa tecnologia. Em julho do ano passado, o Bradesco anunciou uma parceria com a Escola Politécnica da USP para o estudo e desenvolvimento do campo com cerca de 50 pesquisadores.
A Head ainda acredita que, daqui a cinco anos, a computação quântica será mais difundida e visível. “Batendo na porta”, ela brinca.
(Fonte: Tiinside).