Com os recentes casos de suicídios de bancários em todo o Brasil, é necessário ligar o alerta para a importância de reforçar as medidas de proteção à integridade física e mental. Mesmo que o suicídio tenha múltiplas causas, o trabalho bancário é um potencial detonador. As agências se tornaram um ambiente de pura pressão, cobrança por metas e assédio moral.
De acordo com levantamento do Dieese, entre 2012 e 2017, os bancos foram os responsáveis por 15% dos afastamentos por causas mentais. Maior índice entre todos os setores de atividade econômica. Quando considerado os afastamentos por depressão, aumenta para 16%.
Em outra pesquisa, desta vez sobre teletrabalho, o Dieese mostra o alto índice de pessoas com medo de serem esquecidas/dispensadas (56,8%). Outras 65,4% sofrem com ansiedade.
Entre os anos de 1996 a 2005, foi verificado um suicídio a cada 20 dias entre os bancários. Muitos casos aconteciam nos locais de trabalho. Psiquiatras avaliam que os suicídios no ambiente de trabalho são mensagem extremamente brutal e apontam ligação com as situações das atividades exercidas.
Crises agravam o cenário
Com a pandemia, muitos trabalhadores tiveram medo do contágio e de levar a doença para os familiares. Paralelamente tinham de lidar com as demissões e a pressão por metas. Justamente em um cenário de crises econômica e política.
Diante do panorama, os bancos têm de assumir a responsabilidade e implementar medidas efetivas de prevenção, com o monitoramento e controle da saúde dos bancários. (Fonte : Seeb/ Bahia).