

A crise do Banco Master eclodiu nesta terça-feira (18) e se desenrolou ao longo de todo o dia. Em poucas horas, a instituição passou do anúncio de compra pela Fictor Holding Financeira para a decretação de liquidação extrajudicial pelo Banco Central (BC).
A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo BC para conduzir a administração especial. Com isso, qualquer negociação de compra do Banco Master é automaticamente suspensa. A decisão também impacta diretamente os investidores que adquiriram títulos da instituição. (leia mais abaixo)
Além disso, Daniel Vorcaro, dono do banco, foi preso pela Polícia Federal (PF)no aeroporto Guarulhos na noite de segunda-feira (17). Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A defesa nega.
Veja a seguir o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer.
O Banco Master teve forte crescimento nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado.
O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Com esse tipo de operação, o Master acumulou um passivo bilionário, sustentado por ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades. Essa prática elevou os custos e gerou desconfiança sobre a saúde financeira do banco.
Para tentar contornar a crise, Daniel Vorcaro iniciou a busca por um comprador para a instituição. O Banco de Brasília (BRB) chegou a anunciar a aquisição, mas, em setembro, o Banco Central vetou a operação. A instituição continuou procurando outro comprador no mercado. Na segunda-feira (17), a Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master. O acordo previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição. (Fonte: G1).
