O burnout não atinge apenas os colaboradores. Líderes, sobretudo aqueles que ocupam posições de alta responsabilidade, estão entre os perfis mais suscetíveis à síndrome do esgotamento. E, em muitos casos, essa exaustão não vem do excesso de tarefas, mas da má gestão das próprias emoções.
De acordo com a pesquisa Deloitte Workplace Burnout Survey, 77% dos líderes relatam já terem experimentado burnout em algum momento da carreira. A inteligência emocional surge, então, como uma competência de proteção psicológica fundamental.
Liderar é sustentar expectativas, resolver conflitos, tomar decisões difíceis e, muitas vezes, mediar tensões emocionais sem poder demonstrar fragilidade. Quando o líder não desenvolve inteligência emocional, ele internaliza essas tensões, acumulando estresse até o colapso.
Líderes emocionalmente inteligentes desenvolvem um radar interno que permite perceber sinais sutis de esgotamento, como irritabilidade crescente, cinismo, perda de motivação e desconexão do propósito. Reconhecer esses sinais precocemente permite intervenções antes que o burnout se instale.
Saber pausar, dizer não, delegar e desconectar-se emocionalmente do que não está sob seu controle são práticas essenciais. A inteligência emocional oferece exatamente essas ferramentas.
Líderes frequentemente exercem empatia com a equipe, mas não consigo mesmos. Desenvolver autocompaixão, estabelecer limites saudáveis e reconhecer suas próprias necessidades emocionais é parte do autocuidado necessário para a sustentabilidade na liderança.
Liderança não é uma maratona de resistência à exaustão. É uma prática contínua de equilíbrio. Líderes que cultivam sua inteligência emocional não apenas evitam o burnout, mas também se tornam referências de bem-estar emocional para suas equipes. (Fonte: Administradores).